domingo, 7 de julho de 2013

Trabalho infantil aumenta com a crise na Grécia

A profunda crise econômica que a Grécia atravessa acabou fazendo com que aumente o número de menores que trabalham de forma ilegal, segundo advertiu o promotor público Yorgos Mosjos [1º de Julho/2013]



Mosjos estimou em cerca de cem mil crianças que se viram obrigadas a exercer uma atividade remunerada ilegal desde o início da crise. O trabalho, que não tem nenhum tipo de cobertura e é muito mal pago, é possível por causa da situação de marginalização social do entorno familiar ou de seus pais.

"A pobreza, que está afetando um número cada vez maior de lares, leva muitas crianças a procurar empregos, frequentemente de baixos salários e com condições degradantes, para poder ajudar a complementar a renda familiar", destacou.

Apesar da inexistência de dados oficiais sobre essa situação, o procurador usou os dados oferecidos pelo Ministério da Educação referentes á evasão escolar e estudos sobre escolas de período noturno ou de formação profissional que são frequentadas por menores de idade.

De acordo com um relatório recente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as razões que levaram as crianças a se envolverem com esta situação têm relação direta com a crise.

A organização também indicou que a Grécia tem um dos piores registros da União Europeia em matéria de políticas para a proteção de menores.

Segundo o diretor da Unicef no país, Ilias Lyberis, "não seria exagerado dizer que 70 e 100 mil crianças trabalha no país".



Um estudo da Agência Europeia de Estatísticas segue também a mesma trilha, afirmando que pelo menos 11,4% da população estudantil abandonou a escola em 2012, o que significa que cerca de 70 mil crianças não retornaram às carteiras escolares do ensino secundário.

A maior parte delas deixaram as escolas para poderem trabalhar, entretanto "outras milhares de crianças, especialmente as da etnia dos ciganos, nunca se matricularam na escola ou chegaram de países vizinhos, com a finalidade de encontrar um emprego, dedicar-se à mendicância ou ao contrabando", explicou Mosjos.

Um caso aparte é o que se refere às crianças das zonas rurais, frequentemente expostas a produtos químicos agrícolas e, apesar de a porcentagem ser menor, sofrem de riscos maiores relacionados a acidentes de trabalho, de acordo com dados obtidos pelo procurador.

Fonte: Prensa Latina

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